terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

VIAGEM "SOLITÁRIA"

Era mais um feriado, sete de setembro de 2009. Faz cinco anos que eu não sei o que é curtir esse feriado, sempre estou viajando para torneios nessa data. Porém esse ano, graças a Gripe Suína, o torneio foi adiado e lá tava eu, com uma previsão de chuva nas mãos e a “solidão” como companhia. Após ter ligado para várias pessoas e sempre tendo o “não” como resposta, resolvi curtir sozinho, me programei direitinho, fiz uns contatos e resolvi sair em busca de aventuras solitárias.
Enfim, madrugada de sexta pra sábado, pensei bem, vou, não vou, vou, não vou, fui!!!
Peguei meu carrinho e exatamente as quatro da manha segui viagem em direção a Tiradentes. Estava uma manha gostosa, temperatura super agradável e eu no meu caminho sem me desviar dos objetivos, aventura, aventura e aventura.

Cheguei em Tiradentes às 6 horas da manha, foi até engraçado, não havia ninguém na cidade, somente uns cachorros vagando pelas ruas desertas, deu uma paradinha estratégica na estação de trem de Tiradentes e aí me dei conta de uma coisa, quem vai tirar minhas fotos ?????? _ putzzzzzzzzz, estou sozinho mesmo né, hahaha, Ta bem, equilibrei a maquina (celular) num ponto e fui tirando minhas fotinhas. Fiquei até umas oito horas percorrendo as ruas da cidade, quando começou a aparecer algumas pessoas, cheguei a seguinte conclusão: hora de ir embora.

Saí de Tiradentes meio sem destino, mapa na mão e um cartel de escolhas na outra. Segui estrada. Quando dirigia, vi uma placa anunciando uma gruta, Rei do Mato, resolvi entrar e ver o que era a tal gruta, percorri uma estradinha ruim demais, e cheguei numa placa que dizia: FECHADO PARA VISITAÇÃO! Hahahahahahahahaha, dei com os burros n’água, mas tudo bem, tava ali pra isso mesmo. E a viagem continua.
Olhando o mapa, percebi uma cidadezinha perto dali que pudesse ter uma atração que me agradaria muito, se tratava de Camargos, possuidora de uma subestação de Furnas, local muito bonito com muitos lagos e cachoeiras formadas pela barragem. Entrei na estradinha e fui conhecer a tal. Deparei-me com uma cancela e dois guardinhas meio emburrados, afinal, era 9 horas da manha e o que um “chato” tava fazendo ali querendo conhecer o local, hahaha!!! MUITO INTERESSANTE, mas infelizmente o tempo não tava ajudando muito, dei uma voltinha e segui viagem.


Cheguei a Itutinga às 10 h da manha, eu havia trocado e-mails com um amigo de lá sobre um novo esporte que estavam praticando ali, fiquei muito interessado, chama-se Hydro Speed. Trata-se de uma “pranchinha” individual que é “lançada” nas corredeiras de um rio e vai enfrentando as mesmas de forma solitária, adrenante demais. Achei a casa dele a percebi que a mesma era base de uma agência de turismo receptivo. Conheci então o cara que viraria um bom amigo, Paulo Gaia. Ele lamentavelmente me informou que o rio estava inoperante para o Hydro, fiquei até cabisbaixo, pensei: agora só falta chover, hehehehe !!! Paulo, um cara de grande coração não deixou que eu fosse embora, me convidou para a tarde com ele e outro parceiro, o Luciano, fazer uma remada. Eu sem saber o que era isso, topei na hora, tava afim de viver coisas diferentes e tava ali pra isso.
Fomos então fazer a tal remada, o lugar era lindo demais, um lago imenso que dava acesso a cachoeira do Raolino, linda, perfeita, mas longe, beeeeeeeeeeeeeem longe. A remada toda rendeu 9 km, com trechos que tivemos que sair dos caiaques e ir andando por dentro do rio. A lama era muita, e em alguns trechos atolávamos até o joelho. Podemos ver no caminho sinais de “humanização” da natureza, o rio sofrendo assoreamento era até de dar dó. No final da ida largamos os caiaques no rio e fomos a pé, uma floresta de mangues e ingás, linda, chegamos na famosa cachoeira. Segue fotos da remada e da cachoeira.

Exausto, essa era a definição pra mim depois daquele trecho todo, fomos de volta para Itutinga e nos meus planos dali ia seguir para Carrancas, mudança geral, Paulo, família e amigos me convenceram de ficar por lá mesmo e participar de um lual com eles, não precisou falar duas vezes, aceitei com muito prazer. Chegamos na casa de Paulo e logo eu fui tomar um banho, tava precisando, hehehe, comemos algo e nesse meio tempo chegou Lorran, um rapaz tranqüilo e sereno, mas que quando pega o violão da um verdadeiro show. Ali ficamos até umas cinco da manha, o sono bateu forte.
Dia seguinte, lá pelas 9 mais ou menos tava de pé, o pessoal já havia acordado e estavam no café, sentei a mesa com eles e ali batemos mais um longo papo, fiz um resgate com Paulo, de três caras que estavam fazendo uma travessia na região, almoçamos e dali eu parti na minha viagem, rumo a Carrancas e novamente sozinho.

Sem horário, sem compromisso e sem ninguém para me preocupar, resolvi então aproveitar meu caminho até Carrancas. Subindo a linda serra que da acesso à cidade, percebi uma estrada que poderia me levar a algum lugar interessante, voltei o carro e entrei nela. Meus cálculos estavam corretos, consegui chegar em dois mirantes lindos, um em cima da serra e outro chamado Morro da Teta (adivinhem porque), neste ultimo sentei a assisti um lindo por do sol. Fiz ali amizades que carrego até hoje, Tchê, Renata e Lu.

Após ter me deliciado com uma visão linda do sol se pondo, tava na hora de achar um lugar para finalmente abrir minha barraca, segui a procura de um lugar pra dormir e acabei chegando no Camping da Ponte, ali armei minha barraca e fui na cidade procurar algo para comer. Uma surpresa legal, achei os 3 caras que tinham sido resgatados pelo Paulo no dia anterior, tomamos uma cerveja, batemos um longo papo e resolvi dormir, precisava descansar um pouco.

enfim, ultimo dia, eu tinha apenas um dia para curtir Carrancas, sol escaldante e animo total, vamos em frente. tomei um café no camping mesmo, desarmei acampamento e fui atras das cachoeiras. A primeira delas foi uma cachoeira que fica ao lado do camping que fiquei, meio sem graça, mas valeu a pena conhecer. Lutando contra o relogio e com muita vontade de rodar o maximo que puder, procurei uma casa de turismo receptivo, achei uma no centro de Carrancas que por sorte tinha também uma lan house, entrei na net e dei uma busca nos mapas da cidade e das cachoeiras.

Sai "quente" atrás delas, a segunda que visitei foi a cachoeira da Fumaça, infelizmente poluída. fui no Véu de Noiva, ali do lado também e segui para cachoeira das Esmeraldas, lá encontrei meus amigos de novo, Re, Lu e Tchê.

Andamos um pouquinho e enfim chegamos à cachoeira, estava meio “desfigurada” por conta da chuva que caiu dia anterior, mas valeu o caminho. O dia estava acabando, mas assim mesmo eu ainda queria tomar uma cervejinha num lugar tranquilo, escolhi o Complexo da Zilda, um lugar lindo e com várias opções de cachoeiras. Chegando lá não resisti e fui tomar uma cerveja, o calor tava demais e a sede era intença. Aacabei conhecendo o Sr. Adailton, proprietário do local, ele me deu umas dicas de locais para eu ir e sem perda de tempo, fui atrás das quedas. Ele me disse sobre uma cachoeira quase "perdida", vulgarmente chamada cachoeira da Priscila, em homenagem a atriz global Priscila Fantin nas filmagens da novela Alma gêmea. rodei bastante, fui em 3 cachoeiras no locale já quase caindo o dia voltei ao bar para tomar mais uma com o Sr Adailton, proseamos um pouco e fui embora, era hora da aventura terminar.

Aos que não conhecem a região, ta aí um bom roteiro, muitas cachoeiras e pessoas muito gentis, vale a pena a aventura.

até a próxima...

2 comentários:

  1. Muito bacana as histórias Luciano... pow... dá próxima vez pode me chamar q eu vou fácil!!! ahuhuheuh
    abração

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